Minas Gerais foi o estado que mais gerou empregos em junho |
Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED) de junho, divulgados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) nessa sexta-feira (16), mostram que, com uma variação negativa de
0,27% em relação ao estoque do mês anterior, houve uma redução de 111.199
postos de trabalho no Brasil. Esse resultado foi menor que o declínio ocorrido
em maio, quando foram suprimidas 115.599 vagas de empregos formais.
As maiores perdas de vagas foram
registradas em São Paulo (-52.286), Rio Grande do Sul (-14.013), Paraná (8.893)
e Santa Catarina (-7.921).
Em termos setoriais, os dados revelam que
dos oito setores de atividade econômica, apenas a Agricultura, por motivos
sazonais, evidenciou desempenho positivo (+ 44.650 postos ou 2,83%). A elevação
foi proveniente principalmente do desempenho positivo das atividades ligadas ao
Cultivo de Café (+20.930 postos), às Atividades de apoio à Agricultura (+7.119
postos), às de Cultivo de Laranja (+4.371 postos).
Nesse panorama, o setor agrícola
impulsionou os efeitos na região Centro-Oeste, que apontou para um saldo
positivo de 3.508 vagas no mês e de 33.178 no ano. Com a criação de 9.746
postos, Minas Gerais foi o estado que mais gerou empregos em junho entre as
Unidades da Federação. Mato Grosso (3.602), Maranhão (2001), Goiás (1.863),
Ceará (1.222) e Acre (95) também são estados com índices positivos.
O setor de serviços apresentou elevação no
número de postos em dois ramos, Serviços Médicos e Odontológicos e Instituições
Financeiras. Houve desempenho negativo em quatro outros ramos, Comércio e
Administração de Imóveis, Ensino – por motivo sazonal relacionado ao ciclo
escolar –, Serviços de Transportes e Comunicações. Ao todo, foram 39.130 vagas
a menos.
Na Indústria de Transformação, a retração
ocorreu em todos os ramos, porém foi mais significativa na Indústria
Metalúrgica (-9.027 postos), Indústria Mecânica (-8.841), Indústria de
Material de Transporte (- 8.822) e Indústria Têxtil (-8.386).
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego,
Manoel Dias, é preciso manter o otimismo quanto à recuperação da economia e dos
postos de trabalho neste segundo semestre. “Apesar
de ser mais um mês negativo, já podemos notar uma redução no ritmo das
demissões. Isso será potencializado com a entrada do Programa de Proteção ao
Emprego (PPE), com a consolidação das medidas do ajuste fiscal e de
investimentos com os previstos no Programa de Investimento em Logística (PIL),
além do FGTS, que vai continuar financiamento setores fundamentais como o da
Construção Civil”, afirmou.
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